Mais do que qualquer outra parte do corpo humano, os seios são fonte de variadas simbologias nas diferentes culturas. Órgão da amamentação e símbolo de feminilidade, eles são ao mesmo tempo fonte de inspiração, desejo e ternura. Na intimidade, associam-se à sexualidade e ao prazer. Quando expostos publicamente, podem expressar ousadia e protesto, mas também ser objeto de sensualidade e estratégias de marketing. Mas a mama também adoece. Entre as doenças que atingem essa glândula, a que mais preocupa é o câncer, por ser o mais incidente e a principal causa de mortalidade por câncer em mulheres no Brasil.
Mas o que é o câncer de mama?
O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama. Esse processo gera células anormais que se multiplicam, formando um tumor. Há vários tipos de câncer de mama. Por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas. Alguns tipos têm desenvolvimento rápido, enquanto outros crescem mais lentamente. Esses comportamentos distintos se devem a características próprias de cada tumor. O câncer de mama também acomete homens, porém é raro, representando apenas 1% do total de casos da doença.
O câncer de mama em números
O câncer de mama é o tipo mais frequente de câncer em mulheres, após o câncer de pele não melanoma. Somente em 2021, o INCA estima que mais de 66 mil mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama no Brasil. Em 2019, foram 18.295 mortes causadas pela doença, sendo 18.068 mulheres e 227 homens, segundo o Atlas de Mortalidade por Câncer.
Não existe cura mas há prevenção
A prevenção primária consiste em reduzir os fatores de risco e promover os fatores de proteção mantendo cuidados como:
• Manter o peso corporal saudável.
• Ser fisicamente ativa.
• Evitar o consumo de bebida alcoólica.
• Se for necessário fazer terapia de reposição hormonal, para sintomas do climatério, fazer pelo menor tempo possível e sob supervisão médica.
• Para quem tem filhos, amamentar o maior tempo possível.
O diagnóstico
Um nódulo ou outro sintoma suspeito nas mamas deve ser investigado por médicos para confirmar se é ou não câncer de mama. Para a investigação, além do exame clínico das mamas, exames de imagem podem ser recomendados, como mamografia, ultrassonografia ou ressonância magnética. A confirmação diagnóstica só é feita, porém, por meio da biópsia, técnica que consiste na retirada de um fragmento do nódulo ou da lesão suspeita por meio de punções (extração por agulha) ou de uma pequena cirurgia. O material retirado é analisado pelo patologista para a definição do diagnóstico.
O tratamento
Muitos avanços vêm ocorrendo no tratamento do câncer de mama nas últimas décadas. Existe hoje mais conhecimento sobre as variadas formas de apresentação da doença (algumas mais agressivas e outras menos) e diversas terapêuticas estão disponíveis. O tratamento do câncer de mama depende da fase em que a doença se encontra (estadiamento) e do tipo do tumor. Pode incluir cirurgia, radioterapia, quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica (terapia-alvo). Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. No caso de a doença já possuir metástases (quando o câncer se espalhou para outros órgãos), o tratamento busca prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.
Se toca, mulher!
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